Considerado como uma das mais importantes construções da História da Humanidade, o Taj Mahal tem por de trás de suas edificações uma impressionante história. Durante o governo do imperador mongol Shah Jahan, houve um período de grande prosperidade material na Índia, sendo que os recursos acumulados durante esse governo permitiram a construção de vários jardins e edifícios. Na condição de monarca, Shah Jahan tinha várias esposas, mas Aryumand Banu Begam era, sem dúvida, a mais amada.
A sua predileção por Aryumand era tanta, que passou a chamá-la pelo nome de Mumtaz Mahal, ou seja, “a eleita do palácio”. Entretanto, a relação afetuosa entre Mumtaz e Shah chegou ao fim quando a esposa preferida não sobreviveu ao parto de seu décimo quarto filho. Desolado com a perda de sua amada, o poderoso rei ordenou a construção de um enorme mausoléu que deveria abrigar o corpo de sua amada e, ao mesmo tempo, simbolizar o amor do rei à sua falecida esposa.
Nos vinte e dois anos seguintes à morte de Mumtaz Mahal, o rei não poupou esforços para que sua homenagem póstuma fosse devidamente concluída. Durante vinte e dois anos, mais de 20 mil trabalhadores foram empregados na construção do Taj Mahal, nome dado à construção, que significa “a coroa do lugar”. Entre os materiais empregados na construção podemos destacar o uso de pesados blocos de mármore da Índia, ametistas persas, safiras do Ceilão, cristal e jade chineses, pedra turquesa tibetana e o Lápis – Lazuli do Afeganistão.
Em 1657, apenas cinco anos antes do palácio ser finalmente concluído, o imperador Shah Jahan adoeceu e perdeu seu posto imperial para seu filho Aurangzeb. Durante o tempo em que ficou enfermo, Shah observava o Taj Mahal e relembrava os dias felizes que teve ao lado de sua amada. Com a sua morte, em 1666, o antigo monarca foi enterrado ao lado de sua esposa predileta. Segundo estudiosos, o gasto com a dispendiosa prova de amor acabou marcando o declínio da dominação mongol na Índia.
Atualmente, o Taj Mahal representa uma das mais belas provas de amor já conhecidas. Além disso, a complexidade de seu traçado arquitetônico coloca esse mausoléu ao lado das mais perfeitas construções já realizadas pelo homem. Sua impressionante simetria arquitetônica marca a construção de seus portões, jardins e os túmulos que abrigam os corpos de Mumtaz e Shah. Relatos ainda sugerem que, na verdade, Shah construiria um Taj Mahal Negro ao lado do mausoléu em mármore branco de sua esposa.
No século XIX, o poderio britânico na Índia colocou em sério risco a preservação do monumento devido à depredação realizada pelos oficiais ingleses e as rebeliões hindus. No século seguinte, os ingleses realizaram um projeto de restauração e proteção do monumento. No ano de 1993, o Taj Mahal foi considerado um patrimônio da humanidade e, com isso, a preocupação com sua conservação tornou-se responsabilidade de diversos historiadores, arquitetos e restauradores.
Recentemente, intrigas giraram em torno das origens e motivações que teriam levado ao surgimento do Taj Mahal. Alguns estudiosos da cultura indiana afirmam que Shah, rei mongol de religião muçulmana, teria utilizado da construção de um antigo templo de adoração hindu para construir o mausoléu. Além disso, sacerdotes sunitas reclamam para si a propriedade do templo por causa da opção religiosa de Shah. Entretanto, o governo da Índia ignora tais disputas ao considerar o templo como um patrimônio nacional.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
Oi arquiteta Ariane, bacana sua postagem. Aprendi um pouco mais sobre o Taj Mahal.
Abraços, saúde, boas idéias, sucessos e paz interior.