Para não haver erro na hora de perfurar a parede, o decorador Fernando Piva aconselha: planeje a composição primeiro. “Um bom truque é recortar papel kraft no mesmo tamanho das molduras e colar as folhas com fita adesiva na parede para simular o arranjo. Assim é possível ter uma ideia real de como os quadros ficarão organizados”, explica. Outra forma de testar a composição é espalhar as obras no chão em frente à parede e ensaiar a arrumação.
Se a obra de arte for importante, de um artista renomado, a dica da designer de interiores Lia Strauss é pensar na disposição dos móveis do ambiente em função do destaque que você pretende dar ao quadro. “Na sala de estar, escolha a parede de maior visibilidade, aquela para a qual o olhar se volta naturalmente”, diz.
Na parede atrás do sofá
Segundo Fernando Piva, o jeito clássico de pendurar o quadro é centralizá-lo em relação à largura do sofá. Centralize-o também na altura, dividindo ao meio o espaço entre o topo do estofado e o teto. “Assim temos a simetria total”, diz.
Em uma parede livre
Sem móveis recostados ou outras interferências, uma parede livre é um ótimo local para brincar com vários quadros, sendo que alguns deles podem ser fixados numa altura próxima ao piso. A sugestão da designer de interiores Lia Strauss é buscar algum elemento para criar um alinhamento. No caso do ambiente acima, foi o batente da porta. “Também gosto de deixar espaços em branco para a chegada de novas obras”, diz.
Hall de entrada e corredor
Um quadro bem colocado na entrada de casa tem o poder de causar uma boa primeira impressão nos visitantes. “Gosto de apostar numa tela grande porque aí não é preciso mais nada para vestir a parede”, acredita a arquiteta Tania Eustaquio. Ela lembra que o ideal é escolher um trabalho que conte um pouco da história dos moradores. Fixe a obra centralizada e alinhada com o batente superior da porta. Se preferir uma composição de vários quadros, um arranjo que sempre funciona é pendurá-los em sequência na horizontal, alinhados pelo alto da moldura e bem juntinhos, deixando de 8 a 10 cm entre eles. A altura deve ser a do olhar de uma pessoa média. Esse tipo de composição também fica muito bem em corredores, ambiente no qual pode-se ainda aplicar as mesmas regras usadas em paredes livres, descritas no item acima.
A disposição clássica é pendurar um quadro sobre o móvel, centralizado tanto na largura como na altura. Outra opção é uma mistura de obras maiores e menores, distribuídas dentro da área delimitada pela largura do aparador. “Procure fixar primeiro o quadro maior, alinhando-o com uma das laterais do móvel. Em seguida, monte o outro lado da parede, brincando com os quadros menores até descobrir a melhor arrumação. Novamente, o alinhamento com a lateral precisa existir”, ensina o arquiteto Antonio Ferreira Jr., autor do ambiente abaixo. Ele dá mais uma dica: o arranjo precisa ficar pelo menos 20 cm acima do tampo do aparador, pois assim não atrapalhará a colocação de objetos sobre a peça.
Na sala de jantar
Se houver um aparador no ambiente, basta seguir as indicações acima. Porém, caso a parede destinada a receber os quadros não tenha mobília recostada, é importante pendurá-los um pouco mais alto do que o habitual porque a sala de jantar é uma área em que as pessoas circulam com as mãos ocupadas com alimentos, louças e copos e um esbarrão numa moldura pode causar um acidente. “Em espaços exíguos, nos quais as paredes ficam muito próximas aos móveis, recomenda-se fixar os quadros 10 cm acima do espaldar das cadeiras”, diz Lia Strauss. Isso permite afastar as cadeiras sem que elas batam nas molduras. Segundo a profissional, para otimizar a circulação no ambiente, o ideal é ter uma mesa centralizada e um quadro idem na parede principal da sala de jantar
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