Primeira unidade da rede reformulada pelo arquiteto, a Livraria da Vila localizada no bairro dos Jardins tem como forte elemento de identidade as portas-prateleiras da fachada frontal. Pivotantes, elas levam ao espaço público um pouco da ambiência da loja, cuja ordenação das estantes e expositores tem ar de um sebo moderno. A madeira escura e a modulação das prateleiras, assim, enfatizam a unidade primordial do local – ou seja, o livro -, de modo que quase não se percebam superfícies livres de sua interferência. Dada a implantação linear no estreito lote urbano, foram projetadas grandes aberturas nas lajes para comunicação visual entre os pavimentos. (http://www.arcoweb.com.br/especiais/premio-iab-sp-2008.html)
Com mais espaço do que em seu primeiro projeto para a Livraria da Vila, Isay Weinfeld criou elementos marcantes. Se os livros inundam o perímetro da loja, as escadas coloridas e o auditório suspenso são os protagonistas.
Mudaram a escala e a natureza do local de implantação, mas a nova unidade da Livraria da Vila, em São Paulo, concebida por Isay Weinfeld, guarda do projeto feito para a região dos Jardins (leia PROJETO DESIGN 330, agosto de 2007) o conceito de ambiente intimista, voltado aos interiores. Fundamentais, nesse sentido, são as visuais internas criadas pelo desenho assimétrico do pavimento superior.A área construída da nova livraria é cerca de três vezes maior do que a da rua Lorena, uma condição contrária, em princípio, à manutenção da pequena escala como elemento norteador da arquitetura. E esta é uma característica fundamental para que o projeto, embora totalize 3,2 mil metros quadrados, não seja o de uma megastore. Um dos desafios, portanto, foi novamente enfatizar o livro como unidade principal dos interiores, ao que o arquiteto respondeu com interessantes setorização e volumetria internas.
Não há alinhamentos regulares entre esses blocos e o mezanino, o que qualifica a disposição linear das estantes e expositores colocados em todas as laterais da loja. A maior ou menor escala dos vazios internos cria diferenciações sutis entre os vários setores, de forma que a interação visual entre os andares seja sempre valorizada.
Nesse aspecto, o projeto se aproxima conceitualmente da livraria nos Jardins, onde as aberturas circulares nas lajes de concreto funcionam como vitrines suspensas. Há ainda uma série de janelas internas, regiões em que prateleiras duplas têm recortes retangulares que possibilitam a visualização entre ambientes. Duas escadas esculturais, internamente constituídas por acabamento em padrão madeira e externamente pintadas de amarelo, também se destacam.
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